Na manhã desta quarta-feira (27), em Shenzhen, China, a Huawei apresentou a aguardada linha Mate 70, destacando-se com inovações tecnológicas e um novo chip, o Kirin 9020. Além dos smartphones, a gigante tecnológica revelou um celular dobrável, smartwatch, tablet, dispositivos domésticos e até um carro elétrico, reforçando seu compromisso com a diversificação de produtos.
Linha Mate 70: Potência e Tecnologia
A linha Mate 70 traz um chip desenvolvido internamente pela Huawei em parceria com a SMIC, fabricante chinesa. Nomeado Kirin 9020, este processador promete um desempenho superior ao 9000s do Mate 60 e ao 9010 da linha Pura 70. Com uma arquitetura de 12 núcleos e tecnologia de “hyperthreading”, o Kirin 9020 permite maior eficiência no processamento de dados, oferecendo uma experiência fluida para o usuário.
De acordo com informações obtidas em lojas físicas durante o evento, três modelos da linha Mate 70 utilizam o novo chip, enquanto o modelo básico mantém o Kirin 9010. A Huawei optou por não revelar detalhes técnicos no lançamento, deixando para usuários e especialistas divulgarem características adicionais nas redes sociais, como o Weibo.
HarmonyOS Next: O fim do Android nos dispositivos Huawei
Os novos dispositivos da linha Mate 70 operam com o HarmonyOS Next, sistema desenvolvido pela própria Huawei. Este sistema operacional marca uma ruptura definitiva com o Android, já que não suporta mais aplicativos da plataforma do Google.
Segundo Yu Chengdong, presidente da área de negócios ao consumidor da Huawei, todos os próximos dispositivos da empresa adotarão exclusivamente o HarmonyOS Next. Essa decisão reforça a independência tecnológica da Huawei, que busca oferecer um ecossistema único e integrado. O HarmonyOS Next promete maior segurança, desempenho otimizado e novas funcionalidades impulsionadas por inteligência artificial.
Durante a apresentação, Yu destacou o avanço da linha Mate em relação a concorrentes como Xiaomi e Apple, especialmente em recursos de inteligência artificial aplicados a fotografia. Em tom provocativo, Yu mencionou diretamente Lei Jun, CEO da Xiaomi, e apontou a Apple como um alvo maior.
Tim Cook, CEO da Apple, esteve na China na véspera do lançamento, enfatizando a importância dos fornecedores chineses para a produção do iPhone. No entanto, a Apple enfrenta desafios no mercado chinês, com uma redução significativa em vendas no primeiro semestre de 2024. A Huawei, com o retorno ao segmento premium, tirou a gigante americana do ranking dos cinco smartphones mais vendidos na região, graças à inovação e à competitividade da linha Mate 70.